Nossa história

O GT Mulheres Cientistas e Maternidades Plurais surgiu como desenvolvimento de ações na luta pela visibilidade das Maternidades Plurais no ambiente acadêmico para agregar à luta pela qualificação acadêmica das mulheres mães no Brasil . Entendemos que a qualificação acadêmica é um caminho importante e fundamental para o empoderamento econômico/social/cultural das mulheres para criar condições de direitos iguais de promoção aos saberes, e que as universidades não acompanharam as mudanças históricas da nossa sociedade, mantendo em sua estrutura políticas pouco favoráveis para a equidade social. Em consequência, as desigualdades sociais se reproduzem e aumentam os desafios para a qualificação profissional das mulheres mães que muitas vezes desistem de seguir carreira como cientistas ou mesmo enveredar no mundo acadêmico. Mães são um grupo extremamente vulnerável às demandas universitárias. Percebemos uma necessidade cada vez mais intensa das pessoas - principalmente as mães - de falarem e escutarem sobre suas dificuldades, dilemas e experiências. Nossas principais pautas de luta atualmente são:


1. Ampliação das vagas nas creches, bem como o seu funcionamento nos três turnos, pois existem mães que estudam e/ou ministram aulas o período noturno.
2. Banheiros família, pois existem pais que levam suas filhas no banheiro e vice-versa.
3. Fraldários acessíveis.
4. Espaço kids em todos os eventos acadêmicos.
5. Livre acesso das crianças acompanhadas de seus respectivos cuidadores em espaços como o Restaurante Universitário e Biblioteca.
6. Livre acesso, com alimentação inclusa, nos restaurantes universitários para as crianças.
7. Uma sala específica em cada universidade brasileira para ser a sede do COLETIVO DE MÃES de cada instituição.
8. Um Encontro Nacional de todos os coletivos de mães universitárias envolvendo maternidade, assédio, discriminação, saúde mental e mercado de trabalho.
9. Um espaço no laboratório de informática com computadores e Espaço kids integrados para as mães/pais utilizarem com seus filhos.
10. Ampliação do auxílio creche em todas as universidades.
11. Editais acadêmicos diferenciados para mulheres mães.
12. Exigência da flexibilidade de tempo para mulheres mães entregarem trabalhos acadêmicos.
13. Aumento do período da licença-maternidade de 4 para 6 meses.
14. Extensão da licença-maternidade para mães não bolsistas.
15. Obrigatoriedade do pagamento das passagens e diárias para crianças quando a mãe for convidada para eventos e bancas acadêmicas.
16. Criação de ouvidorias nas universidades para atender denúncias das mulheres que compõem a comunidade acadêmica.
Sabemos que essa é uma lista inicial e estamos abertas ao debate para construirmos uma Universidade mais equitativa e plural, na qual criança não seja "empecilhos" para carreira. A Universidade faz parte da comunidade e crianças são parte fundamental de nossos coletivos.


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